Fluminense jogará na altitude e Samuel Xavier é sincero: “Correr é mais dificil”

Na quarta-feira, o Fluminense embarcará em uma viagem à Bolívia, com destino ao confronto contra o The Strongest no estádio Hernando Siles. O jogo está marcado para quinta-feira, às 19h (horário de Brasília), como parte da quarta rodada do Grupo D da Libertadores.

No entanto, os jogadores do Fluminense planejam passar a noite em Santa Cruz de la Sierra, uma cidade localizada apenas 400 metros acima do nível do mar. Eles só seguirão para a capital La Paz, que está a 3.625 metros de altitude, no dia da partida, na tentativa de amenizar os efeitos causados pela altitude.

Uma questão que surge é se o estilo de jogo característico do técnico Dinizismo, que tem sido uma sensação no futebol brasileiro em 2023, será capaz de ser executado com a mesma intensidade na altitude.

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FOTO DE MAILSON SANTANA / FLUMINENSE FC

Em uma entrevista ao ge na segunda-feira passada, Samuel Xavier respondeu sinceramente quando questionado sobre esse assunto e defendeu que a equipe terá que adotar uma abordagem mais cautelosa e estratégica durante o jogo.

– Ah, cara, tem que ser bastante sincero. A mesma correria que a gente tem aqui no Brasil é diferente lá, né? Acho que é difícil conseguir correr da mesma forma, ninguém consegue. Já vimos cada história aí de jogador que quis fazer a mesma coisa que faz aqui, chegar lá e ter dificuldade, até acabar saindo da partida. Então, temos que ter bastante sabedoria e inteligência.

– O Diniz já vem conversando com a gente sobre isso, pessoal da comissão também, acredito que vamos montar uma boa estratégia para vencer lá. (…) Com campo, bola, estamos nos preparando sempre como fazemos para os jogos. Só que chega lá é diferente. A dificuldade de respirar, envolve tudo isso. O River foi lá e encontrou muita dificuldade. Acredito que também vamos encontrar, mas temos totais condições de vencer.

Samuel Xavier fala sobre a derrota do Fluminense no clássico

Depois da derrota por 1 a 0 contra o Botafogo no último sábado, no estádio Nilton Santos, o treinador Fernando Diniz destacou a falta de profundidade do time como um dos problemas.

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FOTO DE MARCELO GONÇALVES / FLUMINENSE FC

Nino também expressou sua insatisfação, afirmando que a partida exigia um jogo mais direto, com lançamentos longos. Se o The Strongest adotar uma marcação alta também, Samuel Xavier assegurou que a equipe adotará uma abordagem diferente daquela utilizada no Clássico Vovô.

– Acho que faltou da nossa parte, o Diniz dá essa liberdade para a gente dentro de campo. Tínhamos outro modo de sair e não conseguimos fazer, nossa estratégia não funcionou. Mas estamos preparados para isso, é que a gente não conseguiu fazer nesse jogo do Botafogo. Mas acredito que se tivermos essa dificuldade de saída (contra o The Strongest) vamos usar nossa outra estratégia e vai dar certo. (…) Sabemos que a marcação deles é muito forte. Lembro que depois do jogo (1 a 0 no Maracanã) a gente conversou bastante que eles tinham algumas estratégias de marcação. Mas conseguimos sair e criar.

Lateral do Fluminense fala sobre as lesões do elenco

Além do desafio da altitude, o Fluminense enfrentará a partida contra o The Strongest lidando com desfalques significativos. Keno, Marcelo, Alexsander e Felipe Melo, jogadores titulares da equipe, sequer estarão presentes na viagem.

Quando questionado se o Tricolor está sofrendo as consequências de disputar três competições com sua equipe principal, Samuel Xavier fez uma comparação com outros clubes brasileiros e considerou o problema como algo comum no calendário do futebol.

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FOTO: MAILSON SANTANA / FLUMINENSE FC

– A gente acompanha outros jogos das equipes que vêm jogando também Libertadores e Copa do Brasil, elas estão tendo essa mesma dificuldade de lesões. Calendário brasileiro é bem complicado, né? Mesmo fazendo o máximo possível de descanso, recuperação, fisioterapia ajudando bastante, ainda corre risco porque são muitos jogos. Vejo no futebol europeu eles reclamarem do calendário lá. Eu falo: “Rapaz, vamos trocar então?” (risos). Mas é o que temos, tem que se adaptar a isso.

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