Na última sexta-feira, o Atlético-MG promoveu uma reunião com todos os jogadores do elenco profissional, com o objetivo de conscientizá-los sobre os riscos, perigos e ilegalidades relacionados às apostas esportivas que envolvem os atletas. Durante a palestra, o clube utilizou exemplos internacionais de jogadores que foram punidos devido a casos de manipulação.
Entre os casos mencionados pelo Atlético-MG, destacam-se o lateral direito Kieran Trippier, o ex-meia Joey Barton e o atacante Daniel Sturridge, todos eles de nacionalidade inglesa. No caso de Trippier e Sturridge, eles realizaram apostas indiretas, utilizando pessoas próximas, relacionadas às suas próprias transferências entre clubes.
As apostas esportivas e o envolvimento de jogadores em manipulação foram alvo da Operação Penalidade Máxima do Ministério Público de Goiás, que encontra-se em sua segunda fase. Nessa etapa, foram identificados casos de jogadores de equipes da Série A do Campeonato Brasileiro sendo aliciados para simular lances específicos, como a aplicação de cartões amarelos, em troca de dinheiro.

A palestra no Atlético-MG foi ministrada pelo diretor jurídico do clube, Luiz Fernando Pimenta Ribeiro, que contou com a presença do diretor de futebol, Rodrigo Caetano, no auditório da Cidade do Galo. Além disso, estão previstos encontros semelhantes com as jogadoras do time feminino e com as categorias de base.
“Nosso papel é educativo. Cabe a nós, aqui no Galo, fazer a nossa parte. De alertar, informar, sobre punições e consequências” – Rodrigo Caetano.
Diretor do Atlético-MG alerta sobre aliciamento em outros casos
– O interesse do clube é prestar auxílios necessários quando nossos atletas estiverem em alguma situação de aliciamento de organização criminosa, de repercussão muito gravosa da vida esportiva e também pessoal. Passamos algumas orientações, apoio e apontando soluções – disse Luiz Fernando.
O envolvimento de jogadores de futebol em manipulação de apostas esportivas não é algo novo, nem mesmo no Brasil. Um exemplo marcante ocorreu em 1982, com o caso da máfia da loteria esportiva. Dois anos antes, no futebol italiano, já havia ocorrido o famoso caso “Totonero”, no qual um grupo de apostadores manipulava resultados das Séries A e B, envolvendo quase 30 jogadores.

Dentre eles, destacava-se o atacante Paolo Rossi, que recebeu uma suspensão de três anos, posteriormente reduzida para dois anos para que pudesse disputar a Copa do Mundo, na qual se consagraria campeão e adversário do Brasil. Milan, Lazio e outros clubes de menor expressão foram rebaixados como consequência. Na Itália, também ocorreu o escândalo “Calciopoli”, em que clubes estabeleceram um esquema de corrupção com árbitros.
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